quinta-feira, outubro 16, 2008

Finanças

Há tempos escrevi que a decisão de deixar cair o Lehman Brothers era um teste à capacidade de não entrar em pânico dos investidores. Infelizmente, os resultados estão à vista.

Sabemos hoje que os decisores políticos avaliaram mal as consequências da falência do Lehman para os mercados monetários. Houve um fundo que, pela segunda vez na história, perdeu dinheiro e os investidores desapareceram no mercado. Pura e simplesmente o mercado evaporou-se por falta de comparência da oferta. Daí ao quasi-desaparecimento de uma série de bancos, foi uma questão de horas. Daí a perceber-se que a interdependência do sistema era global, bastaram dias; a Europa não ficou imune, como cínicamente pensou que podia ficar, e as economias emergentes também não.

A globalização é um facto, e nos mercados financeiros ainda mais. Para o bem e para o mal.

Pior, só mesmo se as tendências proteccionistas saírem reforçadas desta crise. Seria como deitar azeite para o fogo. Quem não acreditar, que vá ler o que se passou depois de 1929.

2 comentários:

  1. O «proteccionismo» é o mal menor.
    Há que ser realista: nem tanto ao mar (libertinagem de mercado) nem tanto à terra (controlo absoluto sobre ele).

    No meio termo está a virtude!

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  2. Como em tudo, caro rouxinol!

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