sexta-feira, setembro 05, 2008

Sinais dos tempos - Bur(r)ocracias

Quando um cidadão regressa a Portugal, após uns quantos anos no estrangeiro, torna-se necessário uma série de actos de cariz mais ou menos burocráticos. É normal.

O que é anormal, é o desplante com que em todo o lado, incluindo nas empresas privadas, se exigem documentos para se fazer seja o que for. Ele é fotocópias  de BI e de número de contribuinte, certificados de residência da junta que podem ser substituídos pela apresentação de uma factura de electricidade ou tv por cabo, etc. etc. etc.

A única certeza com que se fica, é que os portugueses não confiam uns nos outros. A palavra de um homem já não vale nada. Tudo tem de ser comprovado documentalmente. Até para pagar!!!

Há, no entanto, uma excepção. Adivinham qual?

O fisco. O fisco não para de nos surpreender com a sua eficiência. A mim, por exemplo, cobrou-se de uma dívida que não conheço, através de uma penhora de uma parte do meu vencimento. O curioso é que eu só soube quando o meu vencimento apareceu diferente do habitual. Nada me foi comunicado sobre a existência de qualquer dívida, muito menos sobre qualquer processo de cobrança e menos ainda sobre a decisão de enviar essa dívida para execução fiscal. Nada me foi notificado. De nada soube até me ter sido retirado do vencimento.

Vai-se a ver, e esqueci-me de "comprovar" a minha residência...

Certo é que nos patrões o fisco confia. Pelo menos para acreditar em quem nos paga o vencimento, a fim de lhes pedir que paguem o que nós devemos. Sem nosso conhecimento. Sem quaisquer documentos comprovantes. Normal, não é!?

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