Segundo o que o "Expresso" conseguiu apurar, Wellington e Nilson Souza, o assaltante morto pela polícia durante o sequestro, pretendiam fugir com o dinheiro roubado no banco. A polícia recuperou um saco de plástico com 90 mil euros. Apesar de o banco não aceitar depósitos em numerário, parece evidente que os assaltantes sabiam que havia bastante dinheiro no cofre.
Esta foi a última notícia que li quanto ao último caso muito grave de insegurança em Portugal.
A reacção do Ministro da Administração Interna foi lamentável. Em vez de começar por lamentar a morte de uma pessoa, correu a elogiar o desempenho das forças de segurança e, ao que ouvi, não mencionou e não valorou a perda de uma vida.Agente de um crime, é certo, mas não deixa de ser uma pessoa.
A comunicação social embarcou no teor da mensagem e os comentadores de serviço também.
É essa a nossa diferença. O valor da vida, os direitos dos cidadãos o amor ao próximo, o personalismo, o humanismo personalista de inspiração cristã são valores que têm de estar sempre presentes e têm de ser sempre praticados.
Eu também considero, com os dados que disponho, que a polícia interveio como tinha que intervir, agradeço a Deus que os sequestrados estejam de boa saúde, mas acima de tudo lamento a morte de uma pessoa.
Concordo plenamente..
ResponderEliminarParece que é "crime" falar da morte do assaltante... Pode-se dizer que a actuação do GOE da PSP foi eficaz, pode-se dizer que actuaram bem, mas não se pode dizer que foi perfeita...
Claro que a prioridade devem ser sempre os reféns, claro que não deve haver qualquer censura para com os agentes (devem aliás ser louvados), no entanto, tal como diz o autor deste post, perdeu-se uma vida humana...
O problema, para mim, não é a actuação das forças policiais (tenho a certeza de que, se conseguissem, evitavam matar). A questão é a reacção da populaça que considerou (e acho que ainda considera) que o castigo foi perfeito... à falta da malfadada pena de morte (que segundo muita gente, hoje faz falta), nada melhor do que a polícia tratar logo do assunto...
Este sentimento é lamentável...
Caro autor do post, gostei muito da pertinência do tema...
Estou certo que a maioria das pessoas que ler este post vai, em tom grave e ar pesado, acenar a cabeça e concordar com o autor.
ResponderEliminarAfinal, basta que se diga que o mais valioso dos bens é a vida humana para que ninguém se atreva a dizer o contrário. Mesmo que para isso se tenha que esquecer que os valores têm sempre que ser pesados pesando, também, os valores conflituantes.
Lançarei aqui mão à já muito usada imagem do "muro" para dizer que é precisamente quando estão em causa valores essenciais que temos que erguer um "muro", "muro" este relativamente ao qual podemos estar de um lado ou do outro, mas nunca em cima. Na verdade, nenhum valor é (passe-se o peleonasmo) absolutamente absoluto. De repente ocorrem-me algumas situações limite pelas quais daria a minha vida (de que gosto muito, diga-se de passagem), como seria pelo filho ou pelo meu país.
Mas este princípio não se aplica apenas à opção pessoal e estende-se para além disso dentro aquilo que a lei, num Estado de direito permitir, pelo que se para resgatar dois reféns cuja vida estava em perigo iminente, ameaçada que estava por quem, com recurso à mais desabrida violência e às armas, há mais de 8 horas se recusava a ceder à pressão policial e tudo tentava para sair daquele balcão do BES com alguns milhares de euros, foi preciso tirar a vida a um dos criminosos e neutralizar o outro... paciência. Salvou-se o mais importante e o lamento pela perda da vida de um dos criminosos deixo-o para a nota de rodapé.
A reacção do Ministro da Administração Interna foi lamentável, tanto mais que acaba por confirmar a máxima:
ResponderEliminarAs policias existem para protejer pessoas e bens. mas... a pessoas que possuem bens são os ricos e não os pobres.
A.S.Dias
este ministro que administra internamente, que já foi membro do tribunal constitucional,activista do sim ao aborto, pessoa importante pois, lá veio hoje lamentar a morte de uma criança noutro caso.
ResponderEliminar> A reacção do Ministro da Administração Interna foi lamentável
ResponderEliminarConcordo, mas mais lamentável ainda, uns dias depois quando eu estatuto de assassino ao policia que matou (por certo sem ser essa intenção), a criança que o mui extremoso e zeloso pai levou para um assalto !
Ai aos humanos, os humanos !
PS: Vizinho gostei da sua nortada, não é muito ventosa ;)