PORQUÊ?
VERDADE – Num tempo em que o calculismo e a dissimulação são o expediente vil e barato a que se recorre em política tão useira e vezeiramente, são necessários candidatos que encarem a realidade, de frente. MFL não é politicamente correcta. É objectiva. Não se arvora em algo que pretende ser. Não é uma politics victim. Não tem agendas pessoais a cumprir. Não se recorrerá a retórica fátuas e redondas para esconder aquilo que, realmente, deve ser dito. Olhos nos olhos.
IDADE – Num tempo utilitarista, nutrido por uma cultura de eficiência, a idade é tida como uma desvantagem. Para o soundbyte a imagem é tudo. Ora, no caso de MFL, tal facto converte-se em experiência acumulada. Um activo precioso alicerçado nos diversos cargos governativos e executivos que ocupou. Mas sobretudo é, também, um testemunho, leia-se exemplo, para a sociedade no seu geral. Ao arrepio da ditadura do mito do Peter Pan.
CARISMA – MFL pode não ter glamour. Pode não possuir o allure de uma Segolène. Mas tem a fibra que molda o carácter dos líderes. E concentra em si o reconhecimento – geral – de uma personalidade talhada para decidir.
VIRTUDE – Quando o sistema político português soçobra ante estranhos diplomas académicos e assuntos quejandos, MFL oferece-nos uma aragem de consistência. Não se flanqueia na espuma dos dias ou em critérios de pura oportunidade. Não nutre fidelidades pessoais. Atém-se às amarras da sua consciência, ancorando a sua acção em Valores.
MOMENTUM – Há um ciclo político que não se cumpriu. E parece que o destino veio resgatar de um aparente exílio dourado, MFL. Desde a desistência de Durão Barroso que a sua Ministra das Finanças ficou suspensa no seu percurso político. E, a sua eleição para líder social-democrata é o cumprir-se desse percurso. Estava escrito nas estrelas.
CIRCUNSTÂNCIA – MFL não serve interesses de elites, nem de bases. Ela granjeou o estatuto e um reconhecimento transversal a amplos sectores partidários. É a única candidata que, vencendo, assegura a congregação de um partido dilacerado por facções e por ismos.
CONFIANÇA – Por tudo o que já foi enunciado, MLF é, sem margem para dúvida, aquela que consegue transportar consigo esse estandarte angular para que se estabeleça uma ligação forte entre o partido e o país. Restaurando laços, há muito rompidos. A sua imagem é a ponte, pode ser aquele quid de rosto humano que nos leva a todos e a cada um de nós a aderir a uma mensagem, a um projecto, a acreditarmos numa nova Esperança.
Caro Daniel: uma apropriadíssima análise e caracterização. paulo rangel
ResponderEliminarCaro Daniel,
ResponderEliminarComo sempre, muito bem escrito. Infelizmente não consegui descortinar nada sobre um qualquer projecto para o País.
Quanto a mim, é esse o principal defeito dos partidos da direita. E portanto, dos seus líderes.
Cumprimentos
O Daniel consegue dizer coisas certas apesar da pompa e do gongorismo. Não se percebe a que propòsito vem a referência à 'allure' da Segolène (cruzes canhoto, deve ter sido um lapso freudiano) e essa do estandarte angular (?) tem que se lhe diga, mas pronto, cada um tem o seu estilo, a sua pose, e eu, embora não aprecie a sua, tenho de admitir que o entendo e que acho que tem razão .
ResponderEliminarTal como a maior "gaffe" ontem de Pedro Passos Coelho foi dizer que esteve 2 anos na mesma sala a trabalhar pelo partido, com mesas frente a frente, sem se ter apercebido que isso era precisamente o pior argumemto para agora virem cada um por seu lado à luta em nome dos altos interesses do partido, levando à suspeição da natureza do verdadeiro trabalho que fizeram juntos nessa mesma sala...
ResponderEliminarE a Drª Manuela também não sai ilesa dessa cândida afirmação de Pedro PC...
Hoje viu-se uma Drª Maunela de voz trémula perante uma ousadia da Judite de Sousa que parecia "treinada", por esse treinador de bancada da SIC que por sinal é marido ela e apoiante de Santana...
E a sua "gaffe" também não lembrava o careca ( que neste caso não é o autarca de Sintra, mas o personagem do ditado popular...), quando falou bem e criticou melhor o desvario do IMI.
Só que o IMI, pese a orientação de revisão ao fim de 3 anos, foi obra da Drª Manuela...
E a Drª Manuela não pode como técnica experiente em matéria de Finanças Públicas invocar essa hipotética revisão, quando sabe muito bem que uma vez em vigor e dados como prémio especial aos soberbos autarcas, dificilmente esses mesmos autarcas anuiriam em recuar de forma categórica.
Realmente a generalidade dos "IMI" são uma "renda" mensal paga em duas prestações semestrais, por quem não devia, nem merecia mais esse castigo...
Sócrates com a sua demagogia verbal irá deixar esta Drª Manuela de queixo à banda ou mesmo à beira de ataque de nervos...
Com que então Dama de Ferro?!
Colher de pau!!!
Para Dama de ferro precisava de louros na sua governação, e de facto... MFL foi trágica como Ministra das Finanças, e um nadinha (poucochinho) como Ministra da Educação. A Direita é isto mesmo, um verdadeiro deserto para o inacreditável Sócrates
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