Já se sabe que os professores nunca gostam das ministras da mesma forma que os médicos não gostam dos ministros que os tutelam. Isto é verdade desde que o titular da pasta tenha ideias para colocar em prática e que essas ideias impliquem mudanças.
E os dias que vivemos são disso o melhor exemplo. 100.000 (ou 80 se quiserem) são de facto muita gente e deve obrigar a uma reflexão séria.
Amigos e amigas professores que nunca lhes conheci nenhuma movimentação de classe foram hoje à "manif". E estou certo que náo foram pelo passeio.
E no meio de tanta discussão o que parece que está em causa é um ponto apenas, o da avaliação dos professores, quando o que devia estar mesmo em discussão era a reforma do ensino no seu todo, mas esse nunca motivou muita a classe dos professores.
Concordo no abstracto com avaliações. Parece que este sistema tem critérios confusos e de dificil implementaçáo tendo em linha de conta o dia a dia das escolas. Discuta-se então e mude-se o que houver a mudar.
Mas acima de tudo façam ao favor a todos os portugueses: melhorem o ensino, premeiem os melhores e tratem de ensinar as gerações futuras.
O papel de professor é importante de mais para a evolução de um país que se estrague em orgulhos parvos.
Eu também nunca gosto de quem me tutela, aliás, normalmente, quem me tenta tutelar, acaba com um murro entre o labio superior e o nariz e fica com os olhos em lágrimas, os lábios inchados e as gengivas negras.
ResponderEliminarOra, segundo consta, foi assinado um protocolo, tratado, uma porcaria qualquer, que prevê que nos próximos 6 anos, os portugueses comecem a escrever "que nem os brasileiros, né?"...isto sim é motivo de preocupação!
Os professores vão a Lisboa dizer "A ministra nao passa com distinção, o seu mandato é claramente mediocre"!Então são contra as avaliações e fazem avaliações ao trabalho dos outros? Tenham calma que já se avaliam uns aos outros.
Ai... ele é com cada manif!
Vamoslá ser objectivos. Avaliar o quê?
ResponderEliminarNuma escola para todos, nunca será possível avaliar nada nem ninguém.
A grande reforma do ensino passa pelo regresso ao "antes de Veiga Simão". Não no sentido de haja alguém, à partida, excluído da escola, mas no sentido de que só lá deve permanecer quem efectivamente lá queira estar para estudar e aprender. Os outros, os que lá estão contrariados e a perturbar o trabalho geral, devem ser prontamente excluídos. Sem prejuízo, naturalmente, de, no futuro, quando a maturidade chegar, a sociedade lhe oferecer a possibilidade de, num sistema de ensino especial para adultos, recuperar o tempo perdido.