Um ano passou. A maioria dos Portugueses, daqueles que decidiu votar e tomar uma posição clara no referendo do aborto, decidiu, em minha opinião, mal. Mal porque transigiu em relação à vida. Mal porque, ingenuamente, nunca pensou ser atraiçoada pela regulamentação posterior.
O aborto passou a ser, dentro de certos prazos, livre e o aconselhamento desvalorizado e dispensado. A reflexão não é favorecida e, ao invés, essa intervenção é prioritária, sem taxas, enfim só facilidades!
E o que fizeram aqueles que têm uma visão diferente da maioria dos Portugueses que votou? Uns alhearam-se, aliás, muitos nunca se empenharam verdadeiramente na causa, outros procuraram não esquecer o tema, outros lançaram mãos à obra. Falo, por exemplo, da Vida Norte, uma associação sem fins lucrativos, que tem como objectivo a promoção e defesa da vida e família.
Neste último ano tem estado essencialmente centrada no apoio e acompanhamento à mulher, através de:
- Apoio material: enxovais, mobiliário para criança, artigos de puericultura, artigos de higiene para a mãe e bebé, leite em pó e fraldas;
- Apoio médico e jurídico: a associação dispõe de uma bolsa de voluntários disponíveis para acompanhar e aconselhar gratuitamente quando necessário, na área da psicologia, psiquiatria, ginecologia, obstetrícia e jurídica;
- Acompanhamento personalizado e sistemático: uma equipa de profissionais, neste momento todos em regime de voluntariado, acompanha os casos durante o tempo que se mostre necessário. Esta equipa faz visitas domiciliárias, transporta às consultas, promove a procura de emprego e a integração em cursos profissionais;
- Workshops sobre cuidados neo-natais;
- Encaminhamento para casas de acolhimento, quando tal é solicitado.
A Vida Norte recebe pedidos de juntas de freguesia, de técnicas de serviço social, de centros de saúde, comissões de protecção de crianças e jovens em risco, centro nacional de apoio ao imigrante, ou seja, são os próprios organismos do Estado a reconhecer a incapacidade deste para dar resposta a estas situações de dificuldade.
A Vida Norte organiza um jantar no dia 1 de Março de 2008, no Hotel Porto Palácio, com o objectivo de angariar fundos e dar maior notoriedade ao seu trabalho.
Eu vou!
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