segunda-feira, novembro 12, 2007

Medidas sem Despesa

A Presidência do Conselho de Ministros estabeleceu, pelo período de um ano, a quota mínima de 25 % de música portuguesa na programação musical dos serviços de programas de radiodifusão sonora.

Acho bem! Não vai ser fácil, mas ao fim de uns tempos o resultado vai ser bom.

Mas muito mais há ainda a fazer.

O Governo devia adoptar também medidas de apoio a outros sectores do mundo artístico e cultural.

Há uns anos durante uma visita ao Rio de Janeiro verifiquei que na maioria dos prédios, à entrada, estavam colocadas obras de arte- esculturas, maquetas, quadros, etc.

A explicação que me foi dada foi a seguinte:

- “Por cada construção o responsável pela mesma tinha que adquirir junto de determinada entidade onde estavam inscritos os artistas uma obra de arte e de a colocar num local público”.

Esta foi uma das formas encontradas para apoiar os criadores de obras de arte e de ajudar a sensibilizar todas as pessoas para as diversas artes. Sem cunhas, sem truques, sem despesa para o Estado.

É tão fácil! Não será este um dos verdadeiros papeis do Estado?

Já agora neste tempo de crescimento de betão, neste mar de desemprego, designadamente jovem, que boa ideia seria copiar a medida dando-lhe um toque nacional discriminando positivamente os artistas mais jovens!


1 comentário:

  1. Quotas, medidas controladoras, enfim atentados contra o deus-todo-poderoso chamado mercado. Sim, isto atenta contra o livre jogo de merecado. Isto é planificação, abusivo controlo da informação, imposição abusiva, tutela autoritária, enfim, cheira a marxismo ou criptocomunismo...

    Estou a elogiar esta sensatez, esta prudência, este pedagógico e salutar apelo ao gosto pelos valores nacionais. Há que forçar esta tecla...

    O mercado, por vezes, tem que ir "dar uma volta"!

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