quarta-feira, outubro 31, 2007

A união faz a força

O ditado vem de longe e tem razão de ser. A falada união do Millenium e do BPI pode ser uma boa noticia para a economia em geral e uma má noticia para o Bes em particular. Para a economia pois um banco com centros de decisão nacional ganha dimensão com capacidade para crescer além fronteiras. Mau para o Bes que vê fugir o BPI com quem sonhava fazer uma fusão.

Ainda falta algum tempo para percebermos se a proposta tem pernas para andar. Para já a administraçáo do BCP mostrou que queria ver mais jogo. O BPI já deu a entender que pode subir a aposta. Veremos onde para.

3 comentários:

  1. Filipe Pinhal, o presidente executivo do BCP, foi muito claro ao dizer que a prioridade é a criação de valor para os accionistas, bem como a defesa dos demais ‘stakeholders’.

    O homem foi bem claro nos seus objectivos, daí que eu não consiga vislumbrar onde é que está "a boa noticia para a economia", a boa notícia para os trabalhadores, nem muito menos para os clientes que acabam também por ser penalizados pela diminuição da concorrência no sistema bancário.

    Cumprimentos,

    Regionalização

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  2. A economia (lato sensu) poderá vir a beneficiar deste casamento de interesses. Mas poderão surgir danos colaterais: despedimentos, atendimento menos personalizado, dentre outros.

    Será que o BCP ficará menos "opável"? Se recusar esta chance e depois for alvo de uma OPA estrangeira?

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  3. É normal a guerrilha, a competição entre os detentores do capital financeiro. Não será já tão normal o empolamento que a comunicação social dá a estes fenómenos. A generalidade da comunicação social que hoje temos não demonstra qualquer rigor nos assuntos tratados ou qualquer preocupação num esclarecimento isento. Por comodismo, incompetência, oportunismo ou alinhamento negociado, os vários órgãos de comunicação social transmitem sempre uma visão dos acontecimentos favorável a este ou àquele grupo dominante. Na politica e nos negócios.

    Em coro, fazendo eco das palavras de um dos nossos banqueiros, dizem-nos - que seria mau para o País que nesta “guerra” entre o BCP e o BPI, o controlo da decisão, após a fusão dos dois bancos, passasse para mãos estrangeiras. Como se o capital financeiro tivesse pátria ou a “globalização” merecesse criticas ou reservas por parte destes senhores. Trata-se inequivocamente de uma assunção hipócrita. É ridícula a telenovela que a comunicação social faz do assunto. A concentração do capital segue o seu rumo inexorável em sua própria dinâmica e alheia a qualquer “sensibilidade patriótica”. Tudo o resto será enredo de folhetim

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