segunda-feira, outubro 22, 2007

NÃO, NÃO É PORREIRO MAS É O QUE SE PODE ARRANJAR

O Tratado aí está, para grande alegria de Barroso e Sócrates, que até se compreende que estejam ilusoriamente vaidosos. Vi poucos mais portugueses satisfeitos com a proeza. Não estamos muito impressionados e temos toda a razão.
O Tratado é importante? É, para organizar quem manda e quem obedece na União. Portugal, enquanto nação, ganhou ou perdeu com o Tratado? Perdeu, soberania, em matérias como imigração, segurança, justiça e política externa, e influência nas decisões. Tínhamos alternativa? Não. Não tendo, não havia remédio.
Nem sequer é preciso referendo, pois Cavaco, Sócrates e Meneses, na sua actual versão, já se entenderam quanto a isso. Os que, como eu, que acreditaram que iria haver referendo vão ter de sofrer o vexame de serem tomados por parvos. Como diria Pimenta Machado, em matéria de referendo o que ontem era verdade amanhã é mentira.
Para quê referendos? Os portugueses deviam era estar muito contentes com o facto de a sua capital dar o nome a um tratado europeu e enfileirar na lista de lugares míticos como Maastricht, Nice, Amesterdão e, vejam lá, Roma.

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