sexta-feira, outubro 26, 2007

ESCOLA EXCLUSIVA

Estou inteiramente de acordo com Paulo Portas nesta questão do Estatuto do Estudante. Lêem-se as notícias e não se acredita. O Governo, o PS e o inenarrável Presidente da Confederação das Associações de Pais acham que a eliminação das reprovações por faltas é positiva.
Ou não percebem nada do assunto ou são perversos. Considerar, cândida ou maldosamente, que a medida promove uma escola pública "inclusiva" ou que é uma medida generosa (sic), pois permite dizer ao aluno que a escola está sempre aberta, é um total e perfeito disparate. O problema é que estes teóricos inconscientes vão afectar gerações de portugueses e sobretudo aqueles que mais precisam de apoio e incentivo para furar o crivo social. Esta gente não aprendeu nada com o que se passou nos últimos anos e quer mesmo agravar o caso.
Eu não estou preocupado comigo ou com os meus filhos, pois esses vão continuar a ir à escola haja o que houver.
O que me incomoda é este pobre País: ao desincentivar o esforço e a frequência escolar este estatuto vai contribuir para aprofundar as desigualdades sociais, agravando a "broken society" que aí está, o que não se entende num governo socialista que tanto apregoa as virtudes da educação e da formação. Estamos entendidos: ou este governo socialista defende uma sociedade com classes (estanques) ou então não tem classe nenhuma.

4 comentários:

  1. Caro BLX:

    Tudo serve para desmoronar quando se está com o camartelo da palavra sempre à mão. Não percebeu nada do que está em jogo. Quer-se evitar a reprovação pura e simples por faltas. Não se está a desincentivar ou desmotivar a frequência das aulas. Está-se a eliminar uma injustiça, tão somente. Há tantos casos de faltas nesta sociedade tão aborvente que a reprovação pura e simples por esse motivo seria uma injustiça.

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  2. Vamos VOTAR ( e divulgar) na sondagem do site do PORTOCANAL, a eleger as 5 maiores figuras do NORTE.

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  3. Onde está a injustiça de um "chumbo" por faltas injustificadas? As faltas, se forem justificadas (ou JUSTIFICAVEIS) não contam,quando muito, contam para os professores como mais um parâmetro da avaliação continua. Um aluno que falta só por faltar, que não se interessa, que DELIBERADAMENTE não assiste às aulas, NÃO MERECE PASSAR. E é disso que se trata,exmo sr. rouxinol, é de justiça. É de cada qual receber aquilo por que lutou, para que trabalhou. É premiar o esforço pessoal, o valor individual, e não a preguiça. Esses mesmos alunos que vão transitar de ano sabendo muito bem que o não merecem, serão os primeiros da fila "p'ró subsídio"!! Os alunos que trabalham, que se interessam, que querem ir mais além, são a esperança que temos no futuro...

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  4. Penso que o que está em causa é não percebermos que o que interessa é que os carneiros continuem - antigamente analfabetos, agora ileterados.

    Assim, só estamos a dar razão a Huxley, ou será que vamos assistir a alguma revolta? Tudo é possível, com esta massa crítica...

    lmgg

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