Há uma explicação social, outra sociológica, outra psicológica - e possivelmente outras mais - para se compreender o que se passa no PSD. E o que se passa no PSD passa-se também, em parte, no BCP: homens que foram importantes para cada uma das instituições não compreendem que chegou o tempo de darem lugar a gente nova, que, seguindo o normal desenvolvimento social, venham dar outra chama, outro alento a essas mesmas instituições. Marques Mendes e Menezes tiveram o seu tempo no cavaquismo, não são de agora - não, pelo menos, na perspectiva das consequências de uma vitória do PSD numas eleições legislativas. Jardim Gonçalves também não é de agora - não, pelo menos, na perspectiva do desenvolvimento do sistema financeiro no século XXI. Todos eles entenderam decidir não entenderem que já não fazem parte deste jogo. É o país que temos - por ser pequeno, por não ter massa crítica, por ser paroquial e provinciano: quem está, não quer deixar de estar e detesta quem quer passar a estar. É assim no PSD, no BCP, nas carreiras universitárias, no topo das associações patronais, nos sindicatos. É assim um pouco por todo o lado. É assim. É uma pena.
Absolutamente certo.
ResponderEliminar«Abolutamente certo»?!
ResponderEliminarQueremos então um país onde quem tem 50 ou 60 anos é velho e onde quem tem 30 só por os ter deve tomar a dianteira...
A moda agora são os "jobes", mas quanto mais os conheço mais vontade tenho de adiar o tempo de reforma. Totalmente ao arrepio do Ernesto Serna.E apesar dos meus 35 aninhos...
Não é uma questão de idade (não escrevi o que quer que fosse sobre o assunto). É mais uma questão de, digamos assim, 'tempo histórico'. É esse tempo histórico que não se deve pretender eternizar, por muito que isso nos faça explodir o coração. Ernesto
ResponderEliminar