quarta-feira, setembro 19, 2007

HÁ PANTEÕES E PANTEÕES

Não sei qual é o critério de admissão no Panteão Nacional mas, seja ele qual for, parece-me um pouco peculiar. Não me refiro em particular ao caso de Aquilino e à questão de saber se cumpre os mínimos ou se esteve envolvido no regicídio, o que obviamente condeno, mas tenho em linha de conta os que já lá estão: H. Delgado, Teófilo Braga, Almeida Garrett, Manuel Arriaga, Óscar Carmona, Guerra Junqueiro, Amália, João de Deus e Sidónio Pais. Todos terão as suas qualidades, mas sendo o Panteão por natureza um lugar exíguo serão estes (com uma ou outra excepção) os que lá deveriam repousar? Tenho as maiores dúvidas sobre o critério. E não se trata de uma questão político-ideológica ou de mundividência, porque francamente não sei o que lá estão a fazer o Marechal Carmona e o Sidónio. Das duas uma: ou o critério está (e sempre esteve) tremendamente errado ou não existiram personalidades com mais habilitações do que as que lá residem. Qualquer das hipóteses fala por si. Como é natural, um panteão sem critério não é verdadeiramente um Panteão Nacional, pelo que se calhar o mérito é não estar lá.

3 comentários:

  1. Para mim, são claras duas coisas:

    1- Não há critério nenhum , para mandar ossadas para Santa Engrácia;

    2- Aquilo não é Panteão Nacionalo nenhum. O verdadeiro Panteão nacional são os Jerónimos.

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  2. Absolutamente de acordo, BLX. Algum dia tinha de ser. Ernesto Serna

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  3. O fundamental mesmo para ser admitido no Panteão é ter morrido...

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