segunda-feira, setembro 10, 2007

Ainda a via de Nevogilde

Não consigo perceber se sou contra, porque a informação que circula é muito pouco relevante para formar opinião. Por exemplo, dizer que vai dividir a freguesia, quer dizer o quê?

Há um único dado objectivo que já foi avançado: terá 40 metros de largura. Parece muito, mas também pode ser pouco. A questão é o que se faz em torno desse 40 metros e como se organizam os 40 metros. Se forem aproveitados para criar estacionamento, zonas pedonais de qualidade e até uma zona comercial de qualidade, com espaço e zonas arborizadas, não me parece nada mal. Pode até ser que venha compensar o desequilíbrio urbanístico em que caiu a Foz, e as suas freguesias límitrofes e tributárias, que se tem vindo a tornar numas desorganizadas e sobrelotadas zonas residenciais, de onde a qualidade de vida tem vindo a desaparecer, na inversa proporção da quantidade de residentes.

Meu caro Zé Mexia, o pior que o nosso Porto tem são as ruas de duas faixas, uma pra lá outra pra cá, que depois desaparecem com o estacionamento caótico do excesso de residentes e de visitantes, nocturnos ou diurnos.

Pense-se com dimensão, verifique-se o bom senso da urbanização prevista para a envolvente da dita avenida e depois, explique-se porque é que os 40 metros não fazem sentido ou se é que irão dividir a freguesia.

Haja dimensão de pensamento. Façam-se coisas em grande, pensadas em grande, para funcionarem em grande. Ou não se faça nada. Mas também não se faça uma avenida gigantesca só porque "no séc. XIX não se seguiu a moda das grandes avenidas"!!!!

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