Portas regressa...aparece como figura espectral que vem assombrar a vida difícil mas laboriosa do líder do CDS, Ribeiro e Castro e seus pares. Afigura-se, contudo, consensual que, para Portas, tudo vão ser peanuts!!!
Porém, duvido. Portas afirmou que preferiria resguardar-se, todavia, sabe que isso não é verdade. E todos nós, portugueses, sabemos.
Portas sempre pairou e fez pairar a sua sombra tutelar sobre o CDS. Professando, até agora, uma magistratura de influência, velada, diáfana. Foi o ausente mais presente do partido, o que faz com que o seu retorno à terra, seja um acto, eminentemente, virtual.
Ora, o projecto que o anima e justifica não é somente uma vontade de reencarnação: faltam dois anos para as legislativas e a Oposição do centro Direita e da Direita está amorfa, apagada e sem rostos carismáticos, que personalizem o combate político. Donde, PP assume-se como o putativo líder da Direita, ou pelo menos de uma certa Direita que ultrapassa, em muito, o universo eleitoral tradicional do CDS.
A tese, afigura-se sóbria e plausível. Mas não é demonstrável.
Desde logo porque Portas esquece-se que o seu período de nojo foi um repasto pantagruélico de conspiração, porfia e puro tacticismo. Que muitos dos seus pares registaram e não esquecem.
Apesar do assalto estar lançado, a capitulação do alcaide-mor do CDS e de todos os seus peões não será meras favas contadas. Pelo contrário, temo mesmo que resistirão, estoicamente, ao cerco!!?
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