segunda-feira, dezembro 11, 2006

HÁ DITADORES E DITADORES

Morreu o feroz ditador Augusto Pinochet, alegra-se a comunicação social. Tratava-se, realmente, segundo os nossos padrões, de um ditador e dirigiu um regime sob o qual eu não gostaria de viver.
No entanto, em nome da verdade, deve-se também lembrar que na sua contabilidade não existe só passivo. A ele se deve a reintrodução da democracia no Chile, promovendo um referendo e deixando voluntariamente o poder, legando ao país a melhor economia da América Latina.
O mesmo não se poderá dizer de outros ditadores. Ocorre-me, por exemplo, o nome de Fidel, incomparavelmente mais nefasto, a quem a nossa comunicação social trata com enorme desvelo e carinho. Dois pesos, duas medidas.

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