terça-feira, outubro 31, 2006

ABORTO - I

Vem aí mais um referendo sobre o aborto.

Entendo que a questão até à data não teve o tratamento sério que merece.
E, muito possivelmente não vai ter, uma vez mais, nem o devido tratamento nem a melhor solução.

Desde logo, não compreendo a necessidade de se voltar agora a referendar a questão.

Primeiro porque nos últimos 10/15 anos a realidade do aborto não se agravou de forma significativa e, nessa medida, não podemos dizer que do ponto de vista de saúde pública aja qualquer novidade premente.

E, também não houve ao longo destes anos uma mudança radical do bens, valores e cultura da sociedade civil portuguesa que assim o justifique.

Por isso, entendo que não faz sentido, nesta época, efectuar outro referendo sobre a matéria.

Mas o que é certo é que parece que vamos mesmo ter o dito referendo e fico com a sensação que enquanto a esquerda não conseguir a liberalização do aborto vamos continuar a ter referendos sobre esta matéria.

Aliás, se da última vez tivesse ganho o sim tenho a certeza que não estariamos agora a referendar o não.

Coisas da esquerda e da malta da "Grande Loja"

E, sendo que tudo isto não passa, na realidade de mais uma manobra deste governo, para com essa atitude "comprar sossego por mais uns tempos".

Esse é, infelizmente, o verdadeiro e real motivo do referendo.

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