Ao Paulo Portas, pela genialidade,
Ao Pedro Guerra, um dos mais brilhantes jornalistas portugueses,
“PONTO FINAL” no INDEPENDENTE!
Está nas bancas a última edição.
Chega ao fim um projecto, um jornal que marcou uma geração.
Foi a última expressão de uma nova atitude que fica na História.
Hoje foi a última impressão do INDY!
A morte do INDY começou a ser escrita no dia em que Paulo Portas/Miguel Esteves Cardoso partiram. Nessa altura não foi o fim, mas foi naturalmente o fim do princípio. O INDY continuou, mas o seu significado saiu com Paulo Portas.
No “pós-moderno”, o INDY nunca conseguiu recuperar a iniciativa, a atitude, apenas foi atrás de uma “ideologia”, sempre difícil de ser cumprida na ausência do seu criador.
Todo o seu presente – ao longo de mais de 10 anos - depois de Paulo Portas, foi julgado pelo seu passado. Toda a razão de um projecto, deixou de existir com outros intervenientes. O jornal ainda assim não desistiu, mas apenas foi resistindo.
O INDY nunca conseguiu atingir a maturidade que lhe permitiria caminhar pelo seu próprio pé, que lhe permitiria superar as más opções, os seus medos, as indecisões e as dúvidas. Foi sempre adolescente, uma marca que não ganhou idade quando órfã do seu criador, que não teve a força e a vitalidade que lhe desse um caminho próprio.
Enfim, acabou, como quase sempre acontece, mais cedo ou mais tarde, um projecto que teve uma figura muito marcante como mentor e criador, uma imagem de marca à sua volta, um cunho muito pessoal que o que o fez nascer e o levou até à linha da frente.
Termino com uma citação: “A vida não é o que foi, mas o que lembramos dela.” E o INDEPENDENTE ficará sempre na História como “O jornal de Paulo Portas”…
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