Pelo prisma ideológico Manuel Monteiro foi sempre coerente. Ele é de direita, como ela afirma hoje no Público, da que não se revê na europa (muito menos no federalismo europeu), não se revê na Democracia Cristã e se revê no que ele dis ser o "conservadorismo liberal". Este "conservadorismo liberal", duas palavras que aparentemente chocam entre si, é para Manuel Monteiro a direita conservadora, guardiã dos costumes, tradição e da soberania nacional. Conhecendo o Manuel Monteiro como o conheço sei que é uma direita democrática.
Ele tem alguma razão quando diz que esta direita está no PP do CDS e não no CDS "centrista" da sua origem. Ele tem alguma razão porque Manuel Monteiro quando sai do CDS e forma o PND não consegue captar esta direita do CDS. Nesse sentido existem hoje, como sempre, dois CDS e é esta, para mim, a principal razão do "drama" do CDS.
Ele tem alguma razão também quando reclama para si o PP e deixa o CDS onde está. Realmente tudo seria mais simples. Tudo seria também melhor para o país ter um partido vincadamente de direita mas democrático (muito diferente do que acontece na Itália ou em França). Seria ainda melhor para o CDS que poderia afirmar-se novamente e sem receios como um partido Democrata Cristão membro de pleno direito dessa família europeia, ou escolher um outro caminho mais vincadamente liberal mas sem receios de fracturas internas.
Poucas vezes um almoço foi tão rentável...
Sem comentários:
Enviar um comentário