Acabo de assistir ao último jogo e primeira vitória da nossa selecção de sub21 (não percebo a facilidade com que aderimos a anglicismos desnecessários under 21? Não havia necessidade...) e de me entristecer com a campanha deste campeonato.
Do que vi, não posso dizer que a selecção tenha jogado mal. Acontece que nunca mostrou maturidade suficiente para o que era necessário, com muitas tremideiras na defesa e pouco esclarecimento no ataque. E alguma falta de sorte, é certo.
A razão porque abordo este assunto, porém, é outra. O treinador. Não creio que estivesse à altura dos acontecimentos. Já o tinha denunciado ao trazer para a praça pública desabafos que deviam ser feitos à porta fechada. O que deve fazer um profissional, quando sente que não lhe estão ser dadas as condições mínimas para desempenhar as tarefas que lhe competem, é demitir-se. Não é, nem devia ser tolerado, que viesse queixar-se aos vizinhos - que antigamente se fazia no café e agora se faz nos jornais, como a imprensa nacional abundantemente demonstra.
Pior, na minha humilde opinião de adepto, apenas, essa falta de profissionalismo veio ao de cima, com toda a evidência, neste campeonato. Ficou bem claro que o homem tem fé, mas não se conseguiu vislumbrar se teria alguma competência futebolística.
Eu sei que a campanha que nos trouxe até aqui até fora geralmente considerada muito positiva. Mas perante o que se viu nestes três jogos, em particular neste último contra a Alemanha, há boas razões para nos perguntarmos se não terá sido um daqueles casos em que um mau profissional, o treinador, andou às costas do talento dos outros - os jogadores. É que começar um jogo que se tem de ganhar por três golos de diferença, com quatro médios e três deles defensivos não demonstra ambição; pode ser que demostre alguma fé, mas não é seguramente uma atitude desejável num profissional.
Gostaria de viver num país em que as coisas são sérias. Que o Dr. Madaíl aponte, já amanhã se não tiver sido possível hoje, o caminho que o Sr. Agostinho Oliveira conquistou: o da porta.
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