Nesse plano é muito importante declarar as nossas características essenciais. Não podem existir dúvidas sobre a necessidade de um partido que afirme a necessidade de ser conservador nos princípios e liberal na economia e nas funções do Estado. E não se julgue que estes dois rótulos são incompatíveis entre si. O Povo de direita aprecia a ordem e defende a propriedade, acredita q.b. na livre iniciativa e prefere o privado ao público. Mas quer um estado forte, que seja, tanto quanto possível, na sua organização como no seu funcionamento, uma pessoa de bem. A vertente liberal deve servir para sublinhar o valor liberdade em relação ao valor igualdade e para demonstrar a confiança no indivíduo e num Estado que deve regular – como árbitro – o funcionamento do mercado. Com isto não se deve esquecer a existência do Estado Providência que deve actuar essencialmente no exercício das suas funções sociais. Estas não podem ser entendidas como um património da esquerda. Claramente deve vingar a doutrina democrata cristã. É essencial afirmar que os problemas de natureza social serão menores numa economia desenvolvida e em crescimento. Esta aparecerá, naturalmente, por via do investimento privado, do prémio ao empreendorismo, pela assunção de um conceito de exigência nas escolas e universidades. No fundo aparecerá com mais liberdade, exigência e com sujeitos privados e públicos a cumprirem as suas verdadeiras funções. E cada um no seu respectivo lugar. Sem atropelos e cada um fazendo o que melhor sabe fazer. Na procura da excelência.
estas palavras constavam da moção apresentada no congresso do ano passado dos quais eu era um dos subscritores.
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