Diz-nos o Expresso que existem 2 estudos a provar que 70% das noticias dos principais jornais têm como base fontes organizadas, ou seja agência de comunicação e assessorias de imprensa.
Todo este alarido vem agora ao de cima com o livro de Manuel Maria Carrilho, como já o veio no passado quando Fernando Lima acusou também as agências de comunicação de terem minado a sua presença enquanto director do DN.
Mas será que se justifica todo este alarido? Será que os referidos 70% é muito ou é pouco?
Diz ainda a peça do Expresso que no caso do El País, 46% vêm de fontes oficias e apenas 15% de agências de comunicação. A soma dá 61%.
Para toda esta discussão lembrava uma passagem do livro de Estilo do Público:
"Qualquer informação com características publicitárias ou provenientes de um serviço de relações públicas - como é o caso de press-release, briefings ou encontros marcados com esse fim - deve constituir apenas uma pista para um trabalho
jornalístico independente."
E eu julgo que é isso que acaba por acontecer com os bons jornais e com os bons jornalistas. Claro que existem as "redacções corta e cola" ou jornalistas.
Claro que também no jornalismo existem os bons e os maus profissionais. E como diz António Cunha Vaz, se o produto for mau não há embalagem (leia-se agências de comunicação) que lhe valha.
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