quinta-feira, maio 18, 2006

Animal? Quem? Hem?

A associação Animal tem destas coisas; aparece sempre para chatear os outros que se estão a divertir.

Ainda hoje estava a deliciar-me com um naco de bom leitão, (sim os últimos dias têm sido muito gastronómicos) quando alvitrei que havia de chegar o dia que o restaurante a "Meta" ainda seria invadido pelos "Animais" que certamente iriam protestar contra a matança dos jovens bichos.

E eis que os "Animais" se manifestam em frente ao Campo Pequeno. Assassinos berram eles.

E os direitos dos que sempre fizeram touradas? Hem?

1 comentário:

  1. Meu caro, escrevi isto em 2004:
    http://taf.net/opiniao/2004/09/tourada.htm

    A tourada tem dois problemas.

    O primeiro é ser um espectáculo bárbaro e deseducativo, mesmo que possua igualmente aspectos que consideraria “belos” não fosse o touro um ser vivo que sofre como nós. Será aceitável que se maltrate um animal para gáudio dos humanos? Acho inqualificáveis alguns argumentos que por vezes ouço, como o de que “é um combate justo”, etc., como se o touro tivesse escolhido de livre vontade entrar em duelo com o homem...

    O segundo é saber se matar o touro na arena deve ser permitido ou não. Quanto a isso, o critério deve ser a minimização do sofrimento do touro. Acho preferível que ele seja abatido o mais rapidamente possível (o que seria ainda na arena), em vez de ficar em agonia até mais tarde, fora da vista do público. A luta contra os touros de morte parece-me assim completamente contraproducente pois, existindo a tourada, não beneficia os animais. Depois do público ter assistido a uma tortura lenta e cruel, a morte do touro é também um alívio misericordioso para quem assistiu a tal espectáculo.

    O que está fundamentalmente errado é a tourada ser legal. Nenhuma tradição, nenhum “valor cultural”, nenhum interesse económico justifica este triste espectáculo. Como explicar a uma criança que se justifica infligir este sofrimento a um animal em nome do “domínio, da arte, da graça e do ritmo”? Tendo ela a percepção de que os humanos são tão parecidos (sem ironia) com os “bichos”, como lhe explicar: “podemos fazer isto aos bichos mas temos que tratar bem as pessoas”?

    ResponderEliminar