terça-feira, abril 04, 2006

O MINISTRO COSTA

O Ministro Alberto Costa deve ter qualidades. Não aparentes, porventura, mas ainda assim tenho a certeza de que deve dispor de atributos de envergadura. Só assim se percebe que já tenha desempenhado por diversas vezes altas funções na República e que continue, embora a sua modéstia o impeça de revelar ao mundo as razões para isso.
A forma desastrada como Alberto Costa tem gerido os dossiers da justiça, todos sem excepção, não pode ser coincidência.
Desta vez, com a PJ, nada há de novo, tudo lhe corre mal. Esteve mal nas relações com o Ministro da Administração Interna, que pode-se dizer que o humilhou sem apelo no processo da reorganização das polícias e serviços de segurança. Esteve mal na semana passada ao não ter demitido de imediato o Director da PJ, independentemente dos motivos deste, na sequência da campanha pública de protesto. Esteve mal, finalmente, ao demitir como demitiu o demissionário Director e ao não ter sentido da dignidade da sua função, rebaixando-se a lavar a roupa suja aos microfones, perdoe-se-me o plebeísmo. A verdade é que ninguém se importa. Sócrates, vá-se lá saber porquê, soma e segue. O efeito da propaganda de José Sócrates é tal que só os mais atentos reparam na pobreza confrangedora da performance dos seus ministros, a começar em Freitas do Amaral e a acabar em Alberto Costa. A esperança que tenho é que a ilusão não pode durar sempre.

Sem comentários:

Enviar um comentário