A normalidade anormal
Durante quase dois anos escrevi esta crónica para o JN, numa página chamada “encruzilhadas” e publicada às quartas-feiras. Infelizmente, esse espaço acabou com a renovação gráfica do JN. Entendi continuar a publicá-las num (novo) espaço onde me sentisse “à vontade”. Escolhi as Nortadas. Também optei por esta continuidade de modo a ver o meu clube defendido em algum espaço que não fosse a página oficial de Internet do Boavista. Sei que posso perder em audiência, mas ganho em espaço, pois no JN só tinha 1 800 caracteres de escrita. Mais espaço para defender o meu clube. O nosso clube. A jornada que passou provou que o Boavista está uma grande equipa. Foram precisos lances de bola parada para o Sporting criar perigo e fazer o golo. Alguns desses lances (incluindo o livre que deu o golo) foram inventados. Mais uma vez, os “escribas do sistema” (vulgarmente conhecidos como jornalistas desportivos) tentaram limpar um penalty nítido contra o Sporting devido a um pretenso fora-de-jogo que só um árbitro assistente com 4 olhos poderia ver. Mas não se ficou por aí o descaramento com que esta gente trata o Boavista. Um jornal de referência chamado “Público” que até tem sede no Porto “esqueceu-se” de falar do Boavista na notícia sobre o jogo, publicada no sábado passado. Só deu Sporting. O JN, também um jornal do Porto, deu mais destaque ao clube da 2ª circular do que ao nosso clube que, por acaso, é da cidade do Porto. É a normalidade anormal do nosso dia a dia desportivo. Sempre com a desculpa das audiências. Assumam, de uma vez por todas que odeiam o Boavista e que amam os 3 grandes! Sejam honestos. Pelo menos com os leitores. Em relação aos jornalistas e comentadores das televisões (sobretudo Sportv e TVI) desisto. São um nojo. Só conseguem ver os seus 3 clubes. Voltando ao clássico de Alvalade: o Boavista foi a única equipa a jogar futebol. Infelizmente, não criou perigo. Aceito perfeitamente a vitória do Sporting, pois teve alguns lances de perigo. Contudo, e volto a repetir, a maior parte em resultado de lances de bola parada. Alguns mal assinalados. Mas, o grande destaque dos media foi para as 7 vitórias consecutivas (Parabéns! Igualaram o Boavista) e para o Tonel. O lobby verde já o quer ver na selecção. Um jogador banal que apenas se distingue de meia-dúzia de centrais pelas cores da camisola que enverga. É um central banal que não está à altura do Jorge Andrade. Quer o Ricardo Silva, quer o Pedro Emanuel são bem melhores. Mas o lobby sulista já trabalha…Mas esta jornada até correu bem para as nossas cores. Braga e Nacional perderam e ficou tudo na mesma. Ainda por cima, “ganhámos” banco (não confundir com a OPA ao BPI), pois, mesmo sem 4 titulares, fizemos um grande jogo. Já imaginaram o que diriam os jornalistas-adeptos se o Sporting jogasse sem o Tonel, Polga, Carlos Martins e Liedson (ou João Moutinho)? Agora, temos aí mais um jogo de Taça. Decisivo. E mais uma vez com um árbitro de encomenda: o nosso “amigo” Proença. Esta gente da arbitragem perdeu a vergonha. Tal como o Veiga que ainda tem lata de criticar as arbitragens. Veiga: para existir o mínimo de igualdade, o slb deveria ser prejudicado pelas arbitragens durante 250 jogos seguidos. Por falar neste clube, mete nojo a crónica do “Público” do passado dia 13 de Março, sobre o jogo com a Naval. O suposto jornalista de serviço foi capaz de criticar o árbitro por não ter visto um eventual penalty a favorecer o Benfica, mas incapaz de o criticar por expulsar injustamente um jogador da Naval. A normalidade anormal.
Nuno Ortigão
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