Por estes dias andei pela Austria com uma breve passagem por Munique.
Só encontrei um português. Era de Aveiro e tinha de cerca de 35/40 anos. Estava lá com a mulher e trabalhavam num hotel. Tinha bom aspecto.
Disse-me que naquele terra - Mayrhofen - era o único português.
Vivia bem e já lá estava há 4 anos.
Foi para lá porque em Portugal não arranjava trabalho e para além de que lá lhe pagavam 3 ou 4 vezes mais do que em Portugal.
Notava-se-lhe no rosto, na voz embargada e nos olhos embaciados daquele homem uma enorme emoção por reencontrar ali e por uns breves momento um bocado de Portugal.
De facto aquele nosso compatriota não estava feliz.
Foi então que confessou que sentia falta do cheiro e do barulho do Mar,
Do ensopado de enguias da zézé,
Das conversas com os amigos e com a família.
enfim...da nossa terra.
Triste sina esta do nosso povo que ama a sua terra mais do que ninguém mas que a tem de abandonar para viver e sustentar os seus.
Não seria, por isso, tão mais nobre dos nosso politicos que em vez de se perderam em discussões "estéreis" como estas que têm assolado o CDS/PP na semana em que estive ausente e se preocupassem, verdadeiramente, em servir o país e as pessoas que neles votam.
O que se espera de todos é que discutam, lealmente, ideias e executem projectos necessários ao bem de todos.
A bem da Nação!
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