A questão do pretenso convite a Manuel Monteiro para voltar ao CDS tem muito que se lhe diga, pois do meu ponto de vista é um assunto mal resolvido no CDS/PP.
Começou com o próprio, que disse que haveria alguém “perto” da Direcção que o andava a sondar para voltar ao partido de que foi líder.
Ninguém ligou. Nem uma notícia de relevo na comunicação social.
A notícia só salta para os jornais quando Pires de Lima aparece, passadas umas semanas, clamando por tomada de posição da direcção do partido de que é Deputado.
Ora aqui há algumas coisas que eu não percebo:
1- É perfeitamente natural que alguém “perto” da Direcção do CDS faça os convites que lhe apetecer, a quem lhe apetecer, da forma que quiser, que eu saiba ninguém está proibido, antes pelo contrário, de filiar mais militantes.
2- Não percebo porque é que a Direcção do CDS tem que tomar uma posição sobre uma coisa que desconhece.(acho eu)
3- Acharia estranho que Ribeiro e Castro, maltratado pelas Direcções de Monteiro incentivasse estas negociações.
A minha modesta conclusão é que anda tudo muito nervoso. Não seria nada de extraordinário que Manuel Monteiro e quem o acompanhou na Nova Democracia voltassem ao CDS/PP. Percebo os medos de António Pires de Lima, mas há mais para além do que a vista alcança.A todo o momento é preciso analisar com inteligência o que se passa à nossa volta, renegar soluções ou compromissos por questões “históricas” parece-me redutor.
Disse um dia que António Pires de Lima daria um bom presidente do CDS. Quero continuar a acreditar nisso.
O espaço da direita é pequeno, por isso só se pode ser um bom presidente se congregar e unir em seu torno, vontades, ideias, e se quiserem facções.
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