segunda-feira, janeiro 23, 2006
O DIA SEGUINTE
Vítor Ramalho, conhecido apoiante do ex-pai da pátria, terá dito, segundo a comunicação social, que os resultados traduzem uma análise incorrecta da realidade por parte dos portugueses em geral. Lê-se e não se acredita. Mesmo descontando as circunstâncias em que foi proferida, esta afirmação é de topete. Revela em absoluto o quão longe da realidade anda(va) Soares e a sua corte, aquilo que se lhes afigurava como um passeio trinfante terminou na maior humilhação. Como dói a democracia. Sim, porque é de humilhação que se trata, embora agora, e muito bem, toda a gente queira disfarçar para não embaraçar ainda mais o vencido. Como vai ser difícil digerir, não a derrota face a um inculto professor (razoável) de economia, mas o facto de ter ficado a 6 pontos percentuais de um seu antigo peão de brega, por quem Soares não tinha a menor das considerações? O rei, afinal, ia nu e, como na história, só ele é que não viu.
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