quinta-feira, janeiro 19, 2006
AINDA SOBRE O PORTUGAIA
Eu também li o artigo de Paulo Rangel e li-o com gosto e atenção, como sempre faço. Não me revi nos "velhos do Cabedelo", embora nesta categoria possam ser incluídos todos aqueles que têm dúvidas sobre Portugaia. Onde também não me revejo é no enorme entusiasmo de Paulo Rangel e, já agora, do meu amigo DBM, mas talvez eles tenham razão. Só que, defeito meu, ainda não vi esclarecidas as minhas dúvidas. O que nos propõem é, quanto a mim, um puro acto de fé. É preciso fazer qualquer coisa e essa "qualquer coisa" é Portugaia. Segundo Paulo Rangel, esta fusão, pelo simples facto de se fazer, suscitará um movimento espontâneo de adesão, será um acto catalizador, capaz de mobilizar os cidadãos e de despoletar todas as reformas. A justificação da operação de concentração está, pois, naquilo em que os seus autores acreditam que ela dará origem. Portugaia dará origem a um mundo novo, só que eu não sei como, nem porquê, nem com quem. Até pode ser que sim, mas, lamento, sou um homem de pouca fé.
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