O Nobel José Saramago, afinal de contas vai apelar ao voto nulo e não ao voto em branco - como era suposto depois de ter escrito "Ensaio sobre a lucidez", uma fábula sobre uma cidade sitiada pelas autoridades, depois de se ter revoltado pacificamente votando branco em massa. Sucede isto porque o escritor decidiu fazer parte da comissão de honra que apoia a candidatura de Mário Soares à presidência e também da sua congénere comissão de honra que apoia a candidatura de Jerónimo de Sousa à presidência. Ora, quando chegar a hora de votar, Saramago colocará uma cruz junto ao fácies (muito gosto eu desta coisa do fácies) de Mário Soares e outra semelhante cruz junto ao fácies (espectacular) de Jerónimo de Sousa, votando nulo. Por aqui se fica a perceber que, no fundo, José Saramago não passa de um tubarão da candidatura de Cavaco Silva.
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