Os recentes acontecimentos na “civilizada” Paris têm de nos deixar a pensar.
Há um problema de integração de imigrantes, mas há também um forte problema, próprio das grandes cidades: o da qualidade de vida das populações suburbanas.
A situação em Lisboa é explosiva, e nem se percebe bem como é que ainda não tivemos motins como os de Paris.
A “fuga” para as grandes cidades é a principal consequência do centralismo. E não há, hoje, uma política de desenvolvimento harmonizado do País. A partir da teoria da “concorrência das cidades”, elegeu-se como objectivo nacional fortalecer Lisboa.
Este modelo não é novo. Já foi testado em África, mas os resultados não são animadores.
Uma das armas que foi imaginada para tentar dotar Portugal de uma política de atracção de investimentos que potencie um desenvolvimento harmonizado do País foi colocar a API no Porto, tendo à frente uma personalidade de dimensão nacional com residência fora de Lisboa. Miguel Cadilhe fez ao longo destes anos um notável trabalho na API, com evidentes benefícios para Portugal.
Gostava, com sinceridade, que estes critérios (personalidade com dimensão nacional, e com residência fora de Lisboa) continuassem a ser seguidos por este governo. Na área política do PS o Eng. Luís Braga da Cruz ou o Prof. Daniel Bessa corresponderiam seguramente a este perfil.
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