Se analisarmos as empresas e o relacionamento destas com a Comunicação Social, existem duas regras muito claras que aparentemente são antagónicas mas na prática não o são. Se por um lado se procura que os contactos venham através do Gabinete de Comunicação, por outro lado uma das principais funções do Gabinete é facilitar o contacto dos Media com as fontes e nunca por nunca servir de entrave.
A decisão tomada pela CM Porto de canalizar os contactos dos Media através do seu Gabinete de Comunicação estaria assim bem enquadrada numa lógica empresarial. Só que as regras que foram definidas dão bem a entender o que aí vem. E conhecido o passado de conflito permanente vivido por Rui Rio e os jornalistas o enquadramento não é o melhor.
Como diz Luis Paixão Martins, "Quando um empresário critica os “media” no seu todo, está a dar provas da sua incapacidade em comunicar com jornalistas".
E é isto e nada mais o que se passa.
Pena é que uma decisão destas seja tomada por maioria dos vereadores. É certo que a solidariedade institucional é salutar. Mas não pode ser a todo o custo e em situações tão bizarras quanto estas. Mas as tomadas de posição são de quem as tomou e defende e nunca por nunca reflectem a doutrina dos partidos a que pertencem.
Sem comentários:
Enviar um comentário