É o que vão ser estas Presidenciais.
No nosso sistema político o Presidente é uma espécie de "provedor do cidadão". A ele cabe recolher o descontentamento da população, dar voz ao que considere relevante e pouco mais. A estas funções acrescenta-se a capacidade (limitada) de vetar algumas decisões do governo e a tal competência de dissolução da Assembleia da Republica (desde Sampaio o chamado "golpe de estado constitucional"). Tal como um Provedor o Presidente está sempre numa posição simpática e sempre que as coisas "aquecem" ele pode legitamente dizer que está a "fazer o máximo que pode". A ele não se pedem decisões, nem alternativas, nem um rumo para o país, só compreensão e complacência.
Em resumo, quem escolhermos para Presidente pouco influênciará no que o país vai ser nos próximos anos. Antes, a sua influência será mais no que o país não será nos próximos anos (por via dos vetos e das dissoluções).
Posto isto está claro que o que se vai falar nesta campanha será de esquerda e direita, de estilos, de traumas mal resolvidos no passado e, eventualmente, de alguns ataques pessoais (dependendo do desespero das diversas Candidaturas).
Tudo isto será Polítca Portuguesa no seu estado mais puro.
Sem comentários:
Enviar um comentário