Lamento que António Pires de Lima, por quem tenho a maior estima e admiração, esteja tão envolvido neste ruído à volta da apresentação de um novo candidato presidencial. Tenho a certeza que, pelo menos ele, defende esta posição pelas melhores das razões, mas a ideia é um pouco absurda na actual conjuntura política. O único propósito visível desta campanha é atacar a liderança de Ribeiro e Castro. Não digo que que Ribeiro e Castro esteja isento de critícas e não acho que os seus adversários políticos internos devam estar calados a todo o custo, mas estou longe de subscrever a guerrilha em curso como uma forma adequada de afirmar uma alternativa. As reivindicações apresentadas chegam mesmo a ser um pouco simplistas. Dizem que se deve "negociar" o apoio do CDS a Cavaco. Negociar o quê? Alguns lugares na Comissão de Honra? Uns segundos de referência ao CDS no discurso da vitória? A escolha do CEMGFA? Passe a caricatura, nenhum candidato presidencial na posição de Cavaco aceitaria negociar o que quer que fosse com um partido, na praça pública e com esta chantagem. Ainda que houvesse algo para "negociar", as conversações estariam desde logo inviabilizadas perante a atitude da oposição interna do CDS. Não se percebe, portanto, a insistência no tema, ainda para mais quando toda a gente sabe que não há nenhum candidato no bolso dos críticos.
Lamento a lição sobre Estado de Direito e separação de poderes que o Chefe de Estado recebeu de Hugo Chavez. Vinda de quem vem, é uma humilhação notável. Escusávamos de ouvir isto.
Lamento que a Académica não mostre sempre a atitude e a qualidade de jogo que ontem revelou em Alvalade, onde vulgarizou o Sporting.
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