Nos rescaldos eleitorais todos sabemos que ninguém perdeu, que todos ganham e bla, bla, bla...
Sempre assim foi, com a excepção de António Guterres a quem deu um enorme jeitaço para se pôr a andar.
Nas últimas eleições o discurso foi esse mesmo, com as interpretações que cada um procurou transmitir e com as interpretações que cada um de nós resolveu fazer. É a velha questão da garrafa meia cheia ou meia vazia.
Mas vejamos:
É indiscutível que a CDU ganhou mais camaras que em 2001 ( 32 / 28 )
É indiscutível que o BE teve o mesmo número de camaras que em 2001 ( 1 / 1 )
É indiscutível que o PS teve menos camaras que em 2001 ( 109 / 113 )
É indiscutível que o PSD teve menos camaras que em 2001 ( 138 / 142 )
É indiscutível que o CDS teve menos camaras que em 2001 ( 1 / 3 )
julgo que ninguém tem dúvidas em relação a esta contabilidade. A estas contas devemos somar os independentes que somam 7.
mas assim faltam 20 camaras como devem ter reparado.
E porque carga de água são todas atribuídas ao PSD? Por ter o Presidente? E já alguém imaginou o que sucede se os eleitos pelo CDS furarem as coligações? Como ficam então as contas?
Vejamos no Porto: 7 eleitos dos quais 2 são CDS, o PS elegeu 5 e a CDU 1. Lá se ia a presidencia ou a governabilidade (honra seja feita a Rui Rio que se referiu ao cds e à sua importancia na vitória alcançada)
E podiamos ir por aqui fora e escalpelizar as coligações feitas e principalmente as 20 que foram vitoriosas. De referir que em 2001 as coligações feitas pelo cds foram 46 (não contabilizadas as acordadas com o PS) e agora 60.
Assim feitas as contas temos que:
- o CDS perdeu presidentes de camaras e aumentou autarcas eleitos.
- que Marques Mendes prova uma vez mais o seu horror ao CDS e à direita
- que os "contabilistas" arranjam os balanços como quem faz modelos 22: para ficarem bonitos.
Sem comentários:
Enviar um comentário