Está visto que já ninguém respeita Soares, o qual deve estar bem arrependido de se ter metido nesta embrulhada. Quando tomou a decisão de se candidatar, Soares deve ter pensado, e eu com ele, confesso, que a campanha iria ser um passeio de aclamação. Enganou-se, O povo não o quer, os jornalistas já não o veneram, o pobre do candidato tem de andar a falar na sua próstata, o que, convenhamos, está longe de ser um tema interessante numa disputa desta natureza. Como se não bastasse, amor com amor se paga, eis agora Alegre, companheiro de uma vida, imponente e desafiador, a dar a última patada no leão moribundo. Em duas ou três semanas desapareceu a mágica soarista e o PS parece acossado, as presidenciais são um assunto sobre o qual ninguém quer falar. O que isto não deve estar a custar a Soares. Não tenho pena.
Espero que o sector não socialista não cometa os mesmos erros da esquerda e não comecem a aparecer candidatos a eito. Bem sei que há muita gente que não se revê em Cavaco, eu sou um deles, mas não deixarei de votar em Cavaco contra a esquerda, se ele se candidatar. Tenho a certeza é de que não votarei em aventuras ou projectos pessoais.
P.S. - Escrevi há dias que achava perfeitamente normal que um político não cumprimentasse outro se achasse que tinha sido ofendido na sua honorabilidade. Achava e acho, embora tenha sido muito mal compreendido, pois confundiu-se muito dignidade e má educação. O que me deixou perplexo é que Carrilho se sinta ofendido na 3ª feira e na 6ª esteja aos abraços ao ofensor sem que reparação nenhuma tenha sido feita. Ou é desespero ou infantilidade ou, afinal, era mesmo má educação.
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