Não consigo compreender porque é que a CDU persiste em não querer ganhar as eleições gerais na Alemanha. Perante tamanha incompetência, que considero estatisticamente impossível, só há uma explicação: eles não querem vencer e fazem o possível e o impossível para perder. Foi assim nas anteriores eleiçoes e nestas mais recentes esta curiosa estratégia atingiu o seu esplendor. A coisa começa logo na escolha do candidato(a) a Chanceler, que não podia ser pior. A Sra. Merkel poderá ter muitas qualidades, mas não tinha manifestamente perfil para o cargo como abundantemente revelou na campanha eleitoral. Este meu juízo não tem nada de machista, aviso, pois há mulheres bem capazes de chefiar governos, veja-se o caso da Sra. Thatcher.
Na Alemanha, como cá, para ganhar eleições não basta que o governo em funções seja mau e que a vontade de mudança seja quase geral, é preciso que a liderança tenha carisma e qualidade. Lamento, por isso, que os actuais dirigentes do PSD e do CDS tardem em se afirmar quando dispõem de uma óptima conjuntura. Corremos o risco de nas próximas eleições, que ainda demoram, felizmente, o actual Primeiro Ministro consiga manter-se no lugar apesar do desastre da sua governação. É bom que aprendamos com os erros dos outros.
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