quarta-feira, agosto 31, 2005

É mesmo verdade (II)

Notás breves sobre o discurso do candidato Mário Soares:

1º - Temos pela frente um combate político a sério;

2º - Soares parecia nervoso, mas rapidamente ultrapassou algumas falhas iniciais;

3º - Quer fazer da sua idade um dos temas da campanha. Não se pode entrar no seu jogo;

4º - Fala de crise em Portugal e na União Europeia, não resistindo às críticas ao “negocismo” e ao “culto do dinheiro” como base de uma crise de civilização. Esta é uma base de combate ideológico;

5º - Num púlpito com a inscrição Portugal falou nas pessoas por contraposição à preocupação com as finanças públicas. Tem de se demonstrar que o rigor não é sinónimo de falta de preocupação com as pessoas;

6º - Relembrou toda a sua actividade depois da saída de Belém, demonstrando a sua faceta plural. Não é o único proprietário de uma carreira completa;

7º - Assumiu a importância de temas com a cidadania a as assimetrias regionais;

8º - Um dos pontos mais fracos do discurso é precisamente aquele em que se refere à forma como pretende exercer os poderes presidências. Foi demasiado vago e não demonstrou a necessária visão de um Presidente que vá para além de um indeterminado “magistério de influência”;

9º - Há no seu discurso uma vertente depressiva , que é uma das razões consideradas para a afirmação da sua candidatura “è preciso vencer este estado depressivo”. Um discurso apenas pela positiva pode ser mais apelativo;

10º - É possível desmontar esta candidatura com um combate político sério que relembre o carácter partidário e radical que esta candidatura hoje personifica.

Com tempo voltarei a este tema de uma forma mais completa

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