Foi o 11/09, o 11/03, agora o 07/07. Todos de manhã, todos coincidente e sensivelmente à mesma hora, cerca das oito da manhã. Já tudo ou quase tudo foi dito. Porém, existem e insistem sempre umas vozes que se querem dissonantes, afirmando o que para qualquer homem de Deus é o mais evidente absurdo. Mário Dislate Soares, do alto da sua cátedra, proferiu a sua sentença: o Terrorismo é um problema dos pobres, é por haver pobreza que ele se dissemina.
Desde logo o peregrino argumento improcede. Este atentado, em específico, foi meticulosamente preparado, e programado para o dia em que a Cimeira dos G8 iniciaria. Ora, a pedra angular desta cimeira, para além das pertinentes questões climáticas, era o pungente e urgente tema da pobreza em África. Para além do perdão total das dívidas, falar-se-ia da contribuição (afectada ao PIB nacional) de cada um dos oito para ajudar o desenvolvimento das mais desfavorecidas nações africanas. Se o Terrorismo radica na pobreza, não é com certeza com atentados prévios a cimeiras sob o seu tema que se resolverá o problema. No mínimo o Terrorismo quer a pobreza. Para se justificar e singrar. Até porque, tanto quanto se saiba, Bin Laden é multimilionário....!!! Estes terroristas se fossem pobres não tinham tempo para terem tanta iniquidade imaginativa.
Por outro lado - e isto é inescamoteável - esta gente bárbara e inqualificável, usa as sociedades abertas, a Liberdade, a complacência da tolerância cultural ocidental, numa palavra, todas as características que nos distinguem para infligirem e espalharem a sua mensagem de morte. Vivem no meio de nós para nos aniquilarem, escudando-se num espúrio anonimato que lhes garantimos. Esta é a cultura terrorista. Nada propõe, nada reclama. Pretende, unicamente, destruir. Causar todo o mal possível a todos. Numa perspectiva, assustadoramente, apocalíptica, baseada no mais profundo ódio e desdém pelos valores ocidentais.
Qualquer contemplação com esta gente é um sinal de fraqueza. A sua mentalidade é básica: ou eles ou nós. Perante estes factos qualquer solução que não seja confrontá-los com a sua incapacidade é um erro. Por isso, mais do que tudo, julgo que fundamental é uma publicidade eficaz e global onde a mensagem a passar é de que não tememos estes loucos. Vivemos o nosso dia-a-dia, andamos de metro, de avião, de comboio, de autocarro, e subimos a arranha céus...aconteça o que acontecer! Vacilar nunca!
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