É fantástica a capacidade de contradição do nosso primeiro-ministro.
Há não mais de 4 meses, José Sócrates mostrava-se indignado com a quantidade de nomeações que tinham sido feitas, em tão poucos meses, pelo Governo liderado por Santana Lopes.
Essas mesmas nomeações que tanto o escandalizavam, passados poucos meses passou-lhes a chamar de "Estritamente de confiança política" e dentro do "espírito da lei". Foi dessa forma que o primeiro-ministro classificou, agora, as várias centenas de nomeações que foram feitas desde que o seu Executivo entrou em funções.
Pois é, são exactamente o mesmo tipo de nomeações, só que agora com uma justificação diferente. Enfim,...
Por outro lado, acrescentou que "O Governo tem feito apenas as nomeações necessárias para os gabinetes ministeriais e todas as outras nomeações resultaram do cumprimento daquilo que foi a lei aprovada em Conselho de Ministros".
Mas ainda conseguiu ser menos honesto, quando afirmou que o Governo está agir como prometeu, ou seja, a fazer uma lei com um acordo na Assembleia da República e a avançar apenas com as nomeações em que todos os partidos estão de acordo que se impõe uma questão de confiança política.
Pois é, é pena que primeiro não aprove a lei, para que depois se submeta a ela. É como quem diz, o próximo que feche a porta. Enfim,...
Finalmente, e de acordo com a edição de ontem do "Jornal de Negócios", o Governo liderado por José Sócrates fez 1094 nomeações só nos primeiros dois meses e meio de mandato, número que ultrapassa as nomeações feitas pelo Executivo de Pedro Santana Lopes, durante o mesmo período.
Pois é, já se começa a ver para onde irá uma parte do aumento dos impostos. Enfim,...
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