A AACS decidiu-se por "um parecer não negativo" quanto à compra da Controliveste do grupo Lusomundo. E ainda conseguiu mais: aconselhar a venda do único jornal que o grupo detinha, O Jogo, com o argumento que este beneficiaria "O regulador justifica esta sugestão pelo facto de a posição do desportivo ser potenciada pela configuração do grupo Controlinveste em vários mercados, nomeadamente publicidade, impressão, distribuição de jornais e revistas e anúncios classificados. Com a venda, esta situação poderá ser agravada e "criar condições objectivamente condicionantes do direito de informar sobre o fenómeno desportivo (...)". Não sei se ria ou se chore. Por um lado dão uma não resposta. Não é sim nem é não. NIM. Por outro lado aconselham a venda de um titulo que é deles. Lindo.
Algumas perguntas:
Porque é que não teve coragem e impor à PT que a venda deveria ter sido por lotes?
Porque é que é apenas O Jogo a beneficiar dessa vantagem em termos económicos? O DN não beneficia das vendas do JN?
O Record não beneficia ele das vendas do Correio da Manha? (Pertencem ambos ao grupo Cofina.)
A verdade desportiva do Record será diferente da verdade desportiva do Jogo? E a Bola por ser um meio não englobado com outras publicações é a única independente?
Estas são perguntas imediatas. Outras poderiam ser feitas à luz da concentração dos media e da presença que o estado mantem na comunicação social. Continuamos a NIM.
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