quarta-feira, abril 06, 2005

A MOÇAO E O CONGRESSO

Os meus parabéns aos subscritores da moção. Certos jornalistas e opinadores estavam eufóricos com a letargia que, aparentemente, o CDS tem vindo a revelar. Do alto dos seus 31 anos de vida, o velho CDS precisava de fazer prova de vida. Os últimos sinais são bem elucidativos: afinal os militantes não estavam orfãos, abatidos e desanimados, estavam era a escrever moções e a coisa não é simples. Elas aí estão.
Não me vou pronunciar sobre o conteúdo da moção "oficiosa" do Nortadas, embora já a tenha lido, pois poderia ser considerado parcial (e muito menos queria ser expulso do blogue tendo aqui chegado há tão pouco tempo). Seja como for, saudo a moção e os seus subscritores.
Há já muito tempo que não vou a um Congresso do CDS. No último a que assisti foi eleito presidente o Dr. Manuel Monteiro, que sucedeu ao actual Ministro dos Estrangeiros (não, não foi por isso que deixei de ir aos congressos). Se virmos onde eles estão hoje, só nos resta concluir que a liderança não lhes fez nada bem. A verdade é que, se desconsiderarmos o caso excepcional (por todas as razões) do Prof. Adriano Moreira, os ex-líderes foram sistematicamente desaparecendo, com mais ou menos conflito. Nem todos os casos têm os mesmos motivos, mas há um ponto que parece indesmentível: como o CDS vive invariavelmente à custa do líder do momento, quando este cessa funções deixa de caber no partido ao lado do novo dirigente. Conclusão: os líderes do CDS convivem mal uns com os outros no mesmo espaço.
Espero que isso não suceda com o Dr. Paulo Portas, mas também não me parece bem um líder por procuração, ou com contrato a termo certo. Já o disse aqui, o novo presidente tem uma óptima oportunidade para afirmar o CDS como um partido fundamental e agregador na área da direita, dada a nova fase em que vai entrar o PSD. Portanto, no CDS, às ideias certas têm de se juntar as pessoas certas. Faço votos que esta moção e, principalmente, os seus subscritores, contribuam para isso.

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