sexta-feira, abril 29, 2005

EDUCAÇAO

Quando as entidades internacionais que se dedicam a estas matérias se lembram de publicar rankings sobre Educação lá começa a choradeira, como dizia hoje o VPV no Público. Mais uma vez se anuncia que o nosso grande desígnio será a educação, a paixão de Guterres e, agora, de Sócrates. O problema, pelos vistos, é que somos mal educados há séculos e, naturalmente, vamos continuar a ser por mais alguns. Fatalidade nacional? Como podemos ser competitivos se nem sequer conseguimos ensinar os professores, já nem digo as crianças, a ler e a fazer contas de somar? O diagnóstico está feito e não é, convenhamos, famoso, mas eu não vou entrar por aí. O que eu quero dizer é que conheço um dos grandes responsáveis do estado a que isto chegou e que é, nem mais nem menos, o Prof. Cavaco Silva (será isto uma heresia?).
Creio que no período pré-Cavaco e post-25/4 não existiam condições políticas, económicas e sociais para se corrigir e melhorar o que quer que fosse. Após 1985 o país passou a ter um Governo de centro-direita (?), com uma base social de apoio ampla e condições ímpares para intervir na Educação e mudar o que estava mal desde a revolução e o Estado Novo. Cavaco esteve no Governo 10 anos, sem complexos esquerdistas ou politicamente correctos, num ambiente extremamente favorável e nada se fez que produzisse algum resultado, antes tudo piorou. Por isso, para mim, estamos como estamos porque o Prof. Cavaco Silva despediçou, no que à Educação diz respeito, a oportunidade que teve. Cavaco terá tido os seus méritos, mas não foi seguramente na área da Educação e Conhecimento. Foi pena.

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