segunda-feira, março 21, 2005

É triste, muito triste

A morte dos dois polícias na Amadora é triste, muito triste, mas vendo os noticiários, parece que ser polícia não comporta riscos.
Claro que se pode discutir não haver meios, a falta de preparação, a desmotivação por causa dos baixos salários, e principalmente a desmoralização por o seu trabalho não ser compreendido pela sociedade e pela Justiça.
Tudo é compreensível, deve-se apoiar as famílias e os colegas, compreender a dor da classe, e ser solidário. Mas é precisamente da classe que vêm os piores sinais. Vejamos:
Quando há uns meses morreu um agente na Cova da Moura (lembro que o governo era outro), os vários sindicatos promoveram a entrega das armas, assim era impossível trabalhar, a tutela era vergonhosa, o dinheiro que devia ir para os agentes foi para os submarinos, etc...
Neste caso (lembro que entretanto o governo mudou), que fazem os sindicatos, promovem o trabalho extra para apanhar os criminosos, felicitam o novo ministro pela aparente disponibilidade, etc...
Sindicatos são sindicatos, mas só não vê quem quer, é triste muito triste, serem os próprios polícias a demostrarem falta de coerência, serem correia de transmissão de outros.
Uma última palavra para o Presidente da Câmara da Amadora, não tem nada a ver com aquilo, não é ele que gere a Cidade, não é ele que constrói ou deixa construir os inomináveis bairros sociais que por lá proliferam e que são verdadeiros viveiros do crime. Não, não é responsável por nada, só faz coisas boas, o mal é sempre culpa do poder central, e dos governos, principalmente os que não forem socialistas.

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