quinta-feira, março 03, 2005

Resposta a Paulo Gorjão

Caro Paulo.

Claro que pensar em 2009 é compatível com o pensar em Portugal. Já agora deviam pensar com 2015 (lembro aqui os estudos que indicam que viverá 45% da população portuguesa na grande Lisboa) ou outra data à escolha. O que eu queria criticar, não era tanto as suas reflexões, mas em especial esse pensamento que existe em alguns políticos, que mal acabam de ganhar uma eleição já estão a pensar em como ganhar a próxima. Independentemente dos problemas que têm para resolver. Mas ponderando os pró e contras de todas as medidas que pensam tomar. E por isso é que Portugal está no estado em que está. Não vou agora discutir quem contribuiu mais para isso. Estou certo que todos têm a sua dose de culpa, inclusive nós se bem que ínfima.

Por isso me bato sempre para que haja a coragem necessária para se fazerem as mudanças que se impõem, sejam elas na primeira metade do mandato ou na segunda. Por que raio de coisa é que todos sabemos que os raciocínios dos nossos governantes é “restrição nos primeiros dois anos e muito champagne e cor nos últimos dois”?. Tudo isto para ganhar eleições. Não para resolver os problemas. Para contentar as clientelas.

Confesso ainda que qualquer frase dita por Mário Soares me deixa fora de mim. Não consigo esquecer muitas coisas, ditas e feitas por alguém que hoje em dia se julga Deus na terra. A tendência para desculpar e tudo permitir a MSoares é cansativo. Mas depois passa. O meu lado cristão vem ao de cima.

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