quinta-feira, março 03, 2005

Casa da Música

Diz o “Contrabaixo” da Grande Loja, que depois do CCB, a Casa da Música é o único equipamento cultural de dimensão internacional que o País construiu nos últimos vinte anos. Nada mais errado, pois esquecer-se de Serralves é absurdo. Este sim, o equipamento cultural com maior sucesso em Portugal. Claro que não foi o estado que o construiu, mas como não diz o “contrabaixo” a participação e envolvimento cívico foram totais.
A questão da Casa da Música não está na grandiosidade do projecto, nem se é bom ou mau, isso não está em questão. O que aqui se trata é de megalomania e novo-riquismo.
O CCB só é rentável e produtivo, porque foi pensado como um todo, lá fazem-se além de exposições, concertos, congressos, colóquios, festas, etc. A Casa da Música é absolutamente o contrário, Pedro Burmester, por quem tenho grande admiração, teve uma concepção global, completamente irrealista e demagógica. Por mais que uma vez, vi o pianista desprezar os custos, quem paga, e o DIMENSIONAMENTO, é disso que se trata, DIMENSIONAMENTO.
Claro que nada disto interessa, está feita, fomos nós que a pagamos, e agora todos os pianistas, organistas, e timbaralistas, têm uma casa que tem que ser rentabilizada à nossa custa.

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