quinta-feira, fevereiro 24, 2005

O momento do CDS

O momento que o CDS vive é um pouco confuso para alguns, pois não vêem surgir candidatos como quem vê nascer cogumelos. No PSD já têm 2, que apareceram ainda mal PSL tinha dito que não se candidatava.

No CDS o momento é ainda de reflexão. Nós não tinhamos essa vontade enorme de despedir o líder e como tal ainda se vive um momento de espanto. Esta seria uma hipótese, que no entanto não partilho por inteiro.

Julgo que neste momento, em "familia" se procura encontrar a melhor solução. É que acredito que ninguém queira ser líder do CDS e ter Paulo Portas no parlamento a brilhar a seu lado. E por isso dois caminhos existem:

1 - ou Paulo Portas abandona o parlamento para um "retiro" mágico, e aí a solução Telmo Correia pode voltar a ser hipótese

2 - ou Paulo Portas fica no parlamento e aí o líder tem que ser alguém que não esteja no parlamento. Luis Nobre Guedes, Maria José Nogueira Pinto, António Lobo Xavier e Bagão Félix são algumas das hipóteses. Neste quadro e sabendo que António Lobo Xavier já afirmou categoricamente que não pretende ser e que Bagão Félix parece carta fora do baralho, sobrariam Luis NG e Maria José NP. O primeiro um companheiro de "route" de Portas, a segunda uma aliada táctica. Creio portanto que, a não se verificar um golpe de teatro e Portas reaparecer, será Luis Nobre Guedes quem vai aparecer em força no congresso.


O trabalho do futuro líder será também condicionado pela solução que vier a ser encontrada no PSD (erradamente a meu ver. Deviamos fazer o nosso jogo alheio a terceiros)
É que Marques Mendes quer ver o acordo com o CDS denunciado e coligações só de uma forma pontual, o que obrigaria a um grande trabalho de campo da nova direcção.

Quanto a Filipe Menezes, apesar da proposta deriva à esquerda, este será mais favorável a coligações tendo como exemplo V.N.Gaia.

O certo é que quem sair de presidente do congresso deverá fazer um trabalho de campo muito grande, procurando cimentar o "novo" voto que o CDS conquistou a 20 de fevereiro. E note-se que apesar de existir uma maioria absoluta, nunca se sabe quando os socialistas fogem.

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