Já muito se disse sobre a força que os media têm e em especial a televisão. 4º poder é como é conhecido, com interpretações positivas e negativas. E os tempos que correm são disso mesmo prova:
1. Já por aqui escrevi que estranhava a nomeação de Luís Delgado para a Lusomundo Media. Parece que não me enganei e que não tarda nada teremos novos directores no DN e no JN. Ao que dizem a dificuldade está em encontrar perfil adequado ao trabalho que lhes é proposto.
2. A polémica em volta do Professor Marcelo Rebelo de Sousa é, quase apetece dizer, e assim fica dito, a cereja em cima do bolo. Mas aqui, para além da clara incomodidade que as suas prelecções dominicais causavam nas hostes Santanistas, estava também em jogo o constante posicionamento estratégico pessoal do antigo presidente do PSD. E claro que não é coincidente com o de Santana. Só que Rui Gomes da Silva não percebeu uma coisa: deu a Marcelo a oportunidade de se tornar vitima e assim demonstrar a falta de qualidade que criticava domingo após domingo. Afinal tinha razão e não eram inverdades.
3. Mas aqui fica no ar um outro mistério por desvendar: houve ou não houve pressão governamental sobre a Media Capital? A ter havido, e tudo indica que sim, pobre país este que vê o seu governo agir desta forma e as empresas a aceitarem, ou a terem de aceitar, este jogo de poderes. E quando digo que haja pressão não estou a dizer que foram colocados chaimites na porta, nem nada do género. Basta saber que o negócio X só se faz com a aprovação do ministro Y. E que alguém tenha lembrado isso a Paes do Amaral.
4. assim não há central de comunicação que valha.
5. Entretanto ficamos a saber que a Alta Autoridade vai analisar se Marcelo falava verdade. Seria interessante propor uma análise exaustiva a todos os comentadores, escribas e seus ajudantes. Assim é que nunca mais se cria a nova entidade reguladora e se vai arrastando a actual, descredibilizada e com morte anunciada mas de data desconhecida.
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