quinta-feira, outubro 28, 2004

Comunicação Social e um estado de direito

A questão continua na ordem do dia. Infelizmente. Das declarações de Marcelo fica demonstrado que Paes do Amaral “pediu” a Marcelo para se moderar nos ataques ao Governo. Dirá Guilherme Silva que Marcelo não provou que o governo tivesse feito pressão sobre Paes do Amaral. Não. Não ficou provado mas infelizmente estas pressões não são feitas pelos cobradores do fraque nem por antigos boxers (não é para si dr. Morais Sarmento). Estas pressões são feitas pelos enormes tentáculos que o estado português ainda tem na economia nacional em geral e nos media em particular. E isso até Paes do Amaral o afirmou, com a explicação dos negócios estratégicos para o grupo e as necessidades de mudar a informação da TVI.

Alguém notou que o lugar de Moniz foi salvo momentaneamente pela saída do Marcelo? Vai fazendo as malas rapaz que estás a prazo. E a Manuela que se cuide e já agora Miguel tenta arranjar mais uma página na Bola pois na TVI vai acabar.

Agora uma outra explicação deve ser feita. Ontem Bettencourt Resendes dizia que um dono de uma televisão privada não pode, à luz da lei portuguesa, impedir ou despedir um comentador politico, seja ele quem for. Não posso concordar e não vejo nada na lei que prove a teoria de BResendes. Assim ninguém seria contratado, ou então tínhamos neste momento a programação das televisões cheias de comentadores, alguns já acabadinhos da tripeça.

Espero que desta tempestade saia uma mão cheia de boas decisões:

1 – privatização da RTP (haja coragem no CDS para o afirmar independentemente do seu parceiro de coligação)

2 – alienação imediata por parte do estado da “golden Share” na PT

3 – extinção da AACS e criação imediata do organismo prometido

4 – acompanhamento do movimento de concentração nos media

5 – fim do corporativismo dos jornalistas e criação de uma ordem que seja efectivamente um órgão fiscalizador e punitivo dos maus profissionais



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