Poucos sabem o que é Darfur ou onde fica. E o que lá se passa não cativa a paixão nem dos media nem das pessoas em geral. Mas no longínquo Sudão morre gente todos os dias. Uma vez mais Africa é palco de chacinas motivadas pela religião com a conivência, até prova em contrário, e o apoio de um governo ditadorial no poder desde 1984. Talvez a comunidade interncional só desperte quando a catástrofe atingir proporcões alarmantes e o grito de morte e horror seja ensurdecedor. Aí será tarde. Mais uma vez África, a de paixões e paisagens encantadoras, a fazer-nos lembrar que o mundo existe para além da Europa e do futebol.
Mais de um milhão de pessoas tiveram que abandonar suas casas depois de repetidos ataques violentos em vilarejos realizados por milícias árabes, causando o que a ONU descreve como a pior crise humana do mundo. Fonte JB
O acampamento de Kalma, a cerca de 30 km de Nyala (a capital da província sulina de Darfur, no Sudão), é o lar de 1,3 milhão de refugiados que foram forçados por milícias armadas pelo governo a fugir de suas vilas. A vida na região é precária. fonte JB
Entrevistas são difíceis. Um enfermeiro sudanês que trabalha para a MSF se oferece para traduzir do inglês para o árabe e outra pessoa traduzia do árabe para o fur. Um segurança do governo ameaçou o enfermeiro-tradutor. Uma autoridade da ONU tentou convencer o segurança a permitir a entrevista, mas este continua afirmando que apenas tradutores aprovados pelo governo são permitidos. fonte JB
Na África, há muitos e mal registrados conflitos. O número de mortos na guerra civil da República Democrática do Congo é estimado entre 2 e 4 milhões, mas teve relativamente pouca cobertura da mídia, se comparada ao conflito entre israelenses e palestinos, que matou mais de 3 mil pessoas nos últimos três anos. fonte JB
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