Ontem pela manhã pude ouvir o Fórum TSF que versava sobre as eleições europeias e a linguagem que tem sido utilizada. Não vou entrar aqui na contabilização das culpas ou na indagação de quem começou e de quem os seguiu ultrapassando os limites. Aquilo que mais me interessa é a "vox populi" que ontem expressava a sua opinião.
Mesmo fazendo o descontos a todos aqueles - e não parecem ser poucos - que iam com conversa encomendada aquilo que se ouvia era a referência repetida a aldrabões, tachistas, bem como o desabafo que são todos iguais.
Nada disto é verdade. Sei que escrevo em causa própria mas já começa a ser demais. Este sentimento anti-político é profundamente português mas também tem de ter limites. Aqueles que vão para a política muitas vezes põe em causa um carreira profissional, passam a ser observados por todos e estão sujeitos a uma fiscalização mais intensa que na maior parte das profissões. Com toda a certeza que há políticos que são menos competentes que outros, mas isso também é assim em todas as profissões - ou até nos críticos do costume -e não é por isso que se deve insultar indistintamente toda a gente.
Quem contribui decisivamente para este clima são os populismos à esquerda e à direita que apresentam cartazes com rolos da massa para bater mais forte ou que fazem o seu discurso à base de pretensas sanguessugas. Como a alternativa não parece ser a de extinguir os cargos públicos todos temos uma arma muito forte - o voto - que, na minha opinião não deve ser em branco e deve parar a outras bandas.
Por outro lado todos aqueles que apenas dizem mal também podem começar a participar mais e fazer alguma coisa. Aqui estarei para comentar a sua participação, o seus discursos, entrevistas e as mudanças que vão trazer a Portugal.
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